vontades loca na cultura

gente, que lugar é aquele, hein?

fui pela primeira vez com o meu pai e, antes de chegarmos, ele já ilustrava pra mim o quão legal era, porque tinha pessoas diferentonas e que se pareciam comigo (na linguagem dele: muito bicho-grilo). aliás, sei que não é o foco do post mas preciso dizer que amo quando meu pai me leva para conhecer algum lugar. amo como ele segura a alça da mochila num ombro só e fica pacientemente me esperando olhar tudo, com um sorrisinho satisfeito no rosto ao ver que eu estou encantada. aconteceu assim também na livraria cultura do conjunto nacional.

depois do nosso primeiro encontro, houve alguns outros. na maioria deles, eu estava sozinha por motivos de quase ninguém aguenta ficar 3 horas na livraria olhando lombadas. mas posso estar acompanhada por outra pessoa ou só pela minha respiração que o sentimento é o mesmo enquanto corro os olhos pelas estantes: eu poderia ter outra vida.

ser vendedora na livraria cultura. passar o dia de óculos e all star. dar informações sobre vários livros, dar e receber indicações, ver pessoas. pessoas com mesmos interesses. depois de um dia tão literário, ir embora descansar no meu apê alugado não muito longe dali. apê pequeno, mas limpinho, e talvez até com um gato.

assistir netflix ou sair pra comer com amigos. ler o quanto eu pudesse nos intervalos. ter pisca pisca decorando meu quarto, e passar a maior parte da noite com a luz apagada. camiseta de banda. camiseta.

aí eu pago a conta e vou embora. de volta pro escritório.

entrar na cultura dá umas vontade loca, né?

fevereiro

foi um mês difícil. quase impossível de passar. todos os dias tive a sensação de estar nascendo de novo (no sentido mais literal que isso pode ter), passando por um lugar muito apertado, incômodo, escuro, meio sem entender o que era pra fazer, apenas indo. seguindo o fluxo. o choro do final dessa aventura pode ser mantido por motivos de realidade.

eu senti muita dor, muita preocupação, e meu coração acelerou mais vezes do que em toda a minha vida. eu suei muito. eu aprendi a respirar profundamente e enchendo a barriga, como um bebê. eu não conseguia chorar. eu conseguia. não conseguia parar. parava. minhas mãos estavam frias. o que está acontecendo comigo? será que estou perdendo o controle?

muitas vezes eu me perguntei se, quando as pessoas enlouquecem, elas se dão conta de que estão enlouquecendo. se passam a sentir falta de quem eram e, principalmente, se estão percebendo que muitas coisas que nunca aconteceram antes estão acontecendo agora. eu tentava me lembrar como a pessoa que eu costumava ser iria se portar diante desta situação, mas me parecia que jamais fui essa pessoa.

eu não fiquei com medo de estar enlouquecendo. achei até poético. nunca achei que eu iria ter algum problema psicológico. aliás, eles existem? acho que existem. existem sim, olha o que estou sentindo. não existem não, vai ficar tudo bem, é só um dia ruim. isso já não deveria ter passado?

em fevereiro eu tive que conviver com um eu que não conhecia, que nunca havia sido apresentada. coisas aconteceram. eu não soube lidar. ou lidei, apenas esperando as horas se arrastarem para que eu pudesse dormir.

eu tive tanto medo. acho que ainda tenho. eu tive medo o tempo todo. quis fugir, me esconder. não quis falar com ninguém. queria ficar deitada na minha cama sentindo meu cachorro dormindo no “v” que minhas pernas formam quando estou nesta posição.

eu tive bastante medo. acho que ainda tenho.

mas agora já é março.

Travada

Esse é um ótimo texto para inaugurar essa categoria, diga-se de passagem.
Ao visto, as pessoas gostam mesmo de dar suas opiniões sobre o jeito como eu me comporto. Vamos a isto.

Há algumas semanas, convivi mais de perto com uma pessoa que faz parte do meu dia-a-dia. É alguém que me conhece há certo tempo e que, sempre que tem oportunidade, gosta de dar pitaco sobre quem eu sou, como vivo – e, pasmem -, o que tenho que mudar.

Foram dias cansativos pra mim. Tive que lidar com esse sentimento de wtf, man o tempo inteiro, o que realmente me deixa irritada. Manter a pose em lugares que não me sinto à vontade também entrou na minha listinha de que droga é essa, gente, socorro.

Uma vez eu li na internê que o segredo da paz mundial é cada um cuidar da sua vida, e isso nunca fez tanto sentido pra mim. Num é que é, mesmo? O que leva, amigos, uma pessoa que não tem a menor intimidade com você querer ditar como você deveria ser? Como essa pessoa se sente no direito (quem deu essa liberdade?) de dizer que você é travada demais, e isso não pode acontecer? É realmente muito chocante.

“Você tem que se soltar mais”, “Falar mais”, “Sair mais à noite” (…)

Eu não sou assim.

Eu já tenho o meu jeito e não há nada de errado com ele.

Quando comecei esse texto, muito provavelmente quando aquela semana acabou, eu estava cheia de raiva. Queria escrever vários palavrões sobre como AI MEU DEUS ESTOU PUTA DA VIDA. Hoje, quando resgatei esse post do rascunho, apenas quero usá-lo como aval. Se alguém está lendo esse texto e porventura passando por essa mesma situação, eu digo: não há nada de errado em você falar pouco. Não há nada de errado em não dar risada alto, fingir simpatia, arquitetar alguém que você não é, apenas para que olhem para você e te classifiquem como ‘normal’. Este é um empurrãozinho para você continuar sendo quem você quer ser.

Porém, se você é o tipo de pessoa que fica falando “ai, você não é muito sociável, né? você é muito tímida, tem que parar com isso”, temos um recado pra você, também:

VÁ SE FODER.

“Better to have lost and loved than never to have loved at all.” | 11 Ways To Explain Your Love-Hate Relationship With Spicy Foods
Desculpem o palavreado. Mas não há nada que substitua.

Seminário, workshop, assembleia

No dia 16/01, na última segunda-feira, completou 1 ano desde o dia em que decidi que passaria a usar/aceitar/descobrir meu cabelo natural.

Eu lembrei alguns dias antes, na verdade, que o aniversário de uma das decisões mais significativas pra mim estaria chegando. Quando acordei no dia 16 e me vi no espelho, não pude deixar de sentir certo orgulho de mim. “Não achei que conseguiria”, foi a primeira coisa que pensei. E, realmente, não achei.

No ano passado, cortei meu cabelo curto e decidi que não faria mais escova nem chapinha, e assim aconteceu. Em outubro, eu já estava cansada do cabelo com duas texturas (mesmo que elas não fossem gritantemente (?) diferentes entre si) e decidi que faria o big chop. Fiz no dia 21, que marcou o fim da minha transição capilar e a volta dos que não foram (essa frase jamais fez sentido antes, mas tem um sentido estranhamente aplicável agora).

Amanhã faz 3 meses que cortei o cabelo joãozinho. Não sei porque raios esse corte tem esse nome. 3 meses que, vez ou outra, escuto comentários que não são edificantes. 3 meses que acompanho um cachinho do lado esquerdo da minha cabeça e chego até a cumprimentá-lo (sim) e parabenizá-lo nos dias que ele está todo bonitinho querendo cair na minha testa.

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Eu, mimando o cacho à esquerda da testa (sem a queimadura).

Eu pude perceber, nesse ano, que pode acontecer de a pessoa se achar desconstruída e livre de algum parâmetro/imposição e, na verdade, não é. Esse tipo de atitude pode vir da pessoa que você menos espera. Como cortei meu cabelo bem curtinho, como jamais cortei, e devido ao formato do meu cacho (2c/3a e até 3b na frente), recebi o seguinte comentário: “já pensou se o seu cabelo virar um black?”, com uma entonação de espanto.

Diante desse comentário, e pensando bem agora, eu poderia ter começado um trabalho de desconstrução na pessoa (ninguém nasce desconstruído, amigos, já dizia o poeta), um seminário sobre como cuidar da sua vida, um workshop sobre qual o problema dos cabelos black power – ou, até mesmo, uma assembleia sobre a importância desse movimento -, mas a única coisa que eu pensei no momento foi: “sim, olha só, esse é meu cabelinho”.

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Não senti pena de mim, nem vergonha, nem raiva da minha genética. Apenas me senti eu mesma e estava à vontade com isso. Me senti dona de mim, foi libertador.

Só quis compartilhar isso, mesmo.

Beijos desse blackinho que vos escreve!

Ai, que retrô

Encontrei esse meme no blog Beyond Cloud Nine, da Manu, e achei bem apropriado respondê-lo para que eu possa me lembrar do ano de 2016 na posteridade.

Vamos de retrospectiva?

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1. Onde você estava quando 2016 começou?
No ponto mais alto do condomínio onde moro, vendo os fogos e chorando.

2. O que você fez em 2016 que você nunca tinha feito antes?
Uma tatuagem! ❤

3. Você manteve suas resoluções de fim de ano e fará novas para 2017?
Não sou muito de fazer resoluções, até tenho um pensamento negativo sobre essas listas de metas e objetivos… mas muito provavelmente eu quis melhorar minha situação financeira esse ano e ir melhor na faculdade. Devo manter as mesmas.

4. Você foi a algum show em 2016?
Hmm, nenhum, que eu me lembre!

5. Você procurará um novo emprego em 2017?
Se depender de mim, não. hahahah

6. Você bebeu muito em 2016?
Nem em 2016, nem em 15, nem 14 (…)

7. Você viajou nas férias? Para onde?
Viajei para o interior no Carnaval! Conta como férias?

8. Qual foi sua maior conquista em 2016?
Ter passado em Cálculo na faculdade e ter ido bem em outra matéria que tive que refazer por ter pego DP no ano anterior.

9. Se você pudesse voltar no tempo, para qualquer momento de 2016, e mudar alguma coisa, o que seria?
Mudaria o fato de o meu namorado ter pego caxumba nas férias. hahah

10. Você ficou doente ou ferido?
Duas vezes fiquei com a garganta inflamada, e quando isso acontece é algo bem sério. Mas nada além disso.

11. Qual foi a melhor coisa que você comprou?
Um LP do Genesis para presentear meu pai. ❤

12. Quais são as pessoas cujo comportamento mereceu aplausos?
Meu namorado, o vi crescer muito nesse último ano. E eu também, pq né. kkkkk

13. E quais são as pessoas cujo comportamento você reprovou?
As mesmas de sempre.

14. Onde você investiu a maior parte do seu dinheiro?
Comida, certeza. E pagando juros pro banco.

15. O que te deixou muito, muito, muito feliz?
Ter passado um susto com minha saúde no começo do ano, mas graças a Deus e à medicina, está tudo sobre controle.

16. Qual música sempre vai te lembrar de 2016?
Qualquer uma da Sia, e provavelmente Paredão Metralhadora. hahahah

17. Comparando este momento com o que você viveu exatamente um ano atrás, você está mais feliz ou mais triste?
Com toda certeza mais feliz. 2015 não foi um ano bom pra mim, não.

18. O que você queria ter feito mais?
Talvez, lido mais livros.

19. O que você gostaria de ter feito menos?
Procrastinado.

20. Como você passou seu Natal?
Muito bem, fiz uma pré-ceia na minha casa, dei presentes aos meus pais, depois eu e meu namorado fomos pra casa dele ceiar com os pais dele. Bem gostoso!

21. Quem foi a pessoa de quem você mais sentiu falta este ano?
Daiane. ❤

22. Você se apaixonou em 2016?
Não, 2016 foi o ano de manter um amor antigo! 😉

23. Qual foi a maior mudança para você em 2016?
Eu perceber que sou capaz de algo quando me esforço muito para conseguir. Basicamente, confiar mais em mim mesma.

24. Quais foram os seus programas de TV favoritos?
Acho que continuou sendo Grey’s Anatomy!

25. Você odeia alguém agora que você não odiava há um ano?
Não. hahah

26. Qual foi o melhor livro que você leu?
Meu Deus, eu não li nenhum livro inteiro esse ano. Só comecei e não terminei. “A pequena abelha” talvez tenha sido o mais interessante.

27. Qual foi a melhor descoberta musical?
Redescobri Genesis, para a alegria do meu coração! Recomendo, hein?

28. O que você queria e conseguiu?
Iniciei minha transição capilar em janeiro, acabando em outubro, quando fiz meu big chop.

29. O que você queria e não conseguiu?
Juntar dinheiro durante o ano.

30. Qual foi o seu filme favorito em 2016?
Animais Fantásticos e Once.

31. O que você fez no seu aniversário (e quantos anos você tem)?
Fiz 23 anos em 2016 e recebi um casal de amigos em casa para comer pizza. Ganhei também um bolo surpresa dos meus pais, depois de passar o dia todo sem ninguém me cumprimentar.

32. Que coisa teria tornado seu ano imensuravelmente melhor?
Ter ganho na Mega da Virada. kkkkkkkk

33. Como você descreveria seu conceito pessoal de moda e estilo em 2016?
Muitas roupas emprestadas da minha mãe, sem muita novidade.

34. O que manteve sua sanidade?
Os finais de semana.

35. Qual celebridade/figura pública que mais te fascinou?
Michelle Obama, sem dúvidas.

36. Escolha o trecho de uma canção que melhor resume seu ano de 2016.
I’m bruised but not broken // And the pain will fade // I’ll get back on my feet // It’s not the end of me – Joss Stone ‘Bruised but not Broken’

37. Do que você sente falta?
Da época da escola.

38. Quem foi a melhor pessoa que você conheceu em 2016?
Um professor da faculdade que me surpreendeu com seu senso de equidade social e sensibilidade.

39. Conte uma lição de vida importante que você aprendeu em 2016.
É possível se você se esforçar.

40. Quais são os seus planos para 2017?
Colocar aparelho nos dentes e viajar NEM QUE FOR UM FINAL DE SEMANA.

Bora torcer né, mores? Bom ano pra todo mundo! ❤

Jim, Amanda, Blue Jay

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Ai, como eu amo filmes independentes. Não contém spoilers.

Blue Jay não é um filme que eu recomendaria a todo mundo. É o tipo de filme do qual tenho ciúme. Descobri essa pérola e não conseguiria desperdiçá-la indicando-a a qualquer pessoa. Tem que ser alguém muito especial. Blue Jay é tipo um anel de família, passado de geração em geração.

É um filme em preto e branco, apesar de ser de setembro de 2016. Temos apenas três personagens: Amanda, Jim e Waynie, o velho do bar. O filme todo se passa em um dia (mais uma manhã)… um dia muito intenso para Amanda e Jim.

Eles foram namorados na adolescência e agora se reencontraram por acaso em sua antiga cidade. Eu gosto de como esses filmes contam uma história sem se preocupar com uma “estética” hollywoodiana (nem sei se isso existe), têm cenas enormes, com diálogos que parecem improvisados, e que remetem à vida real como nenhum outro.

Pude ver em Jim e Amanda qualquer casal de amigos meus, ou até a mim mesma. Vi pessoas que sentem, que se emocionam, que não sabem o que dizer. Vi risadas que nenhum roteirista poderia ter escrito “depois dessa fala, ria”.

Achei incrível como a fotografia de Blue Jay é impessoal. Parece que não há um cameraman. Parece que o casal sempre está sozinho, sem ser observado ou coisa que o valha. É tão dia-a-dia, tão natural. Impossível não se apegar ao filme.

O título carrega a pesada marca dos filmes independentes, que sempre fica clara pra mim de imediato: ele tem forte compromisso com a realidade. É como se contos de fadas não fossem permitidos. Apenas o que realmente poderia acontecer entre duas pessoas que não se veem há anos, que já foram envolvidas emocionalmente e que agora não sabem como agir diante do que passou. Claramente eu, claramente você, claramente qualquer pessoa.

A última cena é tão cheia de significados, eu diria até cheia de respostas. O final é como se terminasse no meio da cena, deixando você pensando qual será o próximo passo a partir dali.

Blue Jay é intimista, sensível e bonito de se ver. Gosto quando consigo enxergar a personalidade das personagens.

Se você gosta deste tipo de cinema, essa é minha indicação. Ps: assista sozinho, pois risco de lágrimas.

Minhas imagens preferidas de Harry Potter #1

Quando comecei a gostar de Harry Potter, lá em 2005, me lembro que tinham várias fanarts (imagens/desenhos feitos por fãs) muito legais, mas temos que concordar que o pessoal foi lapidando esse talento com o passar dos anos.

Antes, eu passava o dia no Google Imagens pesquisando “Harry Potter”, “Emma Watson” e “Rupert Grint” (eternamente meu primeiro crush) e ficava maravilhada com as fotos e montagens que achava, inclusive acho fofo comentar que eu tinha vários CDs com pastas infinitas com fotos do trio e dos filmes. ❤ ❤ ❤

Hoje, o meu novo Google Imagens é o Pinterest. Eu posso passar o dia todo nele, só parando para comer e ir ao banheiro, que nunca vou me cansar de ver inspirações para tudo e qualquer coisa. Assim que o descobri, qual foi o primeiro painel que eu montei? HARRY POTTER! hahahah

Fiquei maravilhada com a qualidade das montagens que o pessoal faz hoje em dia, e quando falo em montagens, não quero dizer que pegam o rosto da Emma e colocam no corpo de outra pessoa, só de zoas. Estou falando de efeitos, de colagens bem profissionais mesmo, com frases de efeito da saga e tudo mais. Coisas cheias de significado, sabe? Eu amo.

Estou dando uma olhadinha nesse momento nos meus painéis do Pinterest e decidi compartilhar as minhas imagens favoritas (tenho muitos gifs favoritos também, mas vamos falar deles em outro post? <3)!

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Dumbledore x Voldemort: muito mais representativo de bem x mal (pra mim) do que se fosse o Harry.
b
Achei essa incrível. A petulância do Draco enquanto criança só servia para mascarar sua fragilidade, exposta nos últimos filmes/livros. A imagem diz “Com medo?”, fazendo alusão a quando Draco e Harry vão duelar na Câmara Secreta, e o Draco pergunta ao Harry se está com medo. Na verdade, quem tem mais medo na saga é o próprio Malfoy.
c
Essa é a capa do meu álbum de HP no Pinterest. ❤ Dan, Emma e Rup.
d
O mais próximo de uma família que Harry conseguiu reunir. Me emocionou muito essa imagem assim que a vi, usei de avatar no Facebook no último Potter Day (31/07).

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Essa eu deixei pro final porque, de longe, é a imagem mais bonita que já vi até hoje. Na verdade, esse post está no rascunho já há algum tempo, porque eu não estava conseguindo achar essa foto por nada no mundo. Ela não estava no meu Pinterest, eu tinha compartilhado no Twitter. É o resumo de como Harry pode ser frágil também, apesar de ser brilhante… pode se sentir sozinho mesmo cercado de pessoas e de dois melhores amigos. De como ele é só uma pessoa com muita responsabilidade imputada a ele, por trás do “menino que sobreviveu”. Harry é um menino que se vê frente a algo que ele deve resolver sozinho, só um menino…

Essas são as minhas preferidas! Com o tempo, vou juntando mais algumas e compartilho novamente, porque coisas bonitas são pra compartilhar! haha 😀 Vou aproveitar e deixar também esse link ótimo do Buzzfeed com screencaps maravilhosos da saga. Já entrei e achei que vale muito a pena vermos o quão bonita e bem feita é a fotografia dos filmes e sua evolução ao longo do tempo! Enjoy!

124 imagens incrivelmente perfeitas dos filmes de “Harry Potter

Minhas músicas favoritas que tocam na AlphaFM – MPB Edition

O meu gosto musical foi bastante moldado pelos meus pais. Desde pequena me lembro que, seja fazendo faxina ou o almoço, o rádio sempre estava tocando em casa.

Nós alternávamos entre alguns CDs, músicas gravadas no celular (mais recentemente) e a rádio AlphaFM 101,7.

Caso você não seja de São Paulo, a Alpha é uma rádio que toca músicas antigas, clássicas – brasileiras ou não – e, vez ou outra, toca algumas novinhas tipo Beyoncé e Taylor Swift (sim!). Eu não sei definir exatamente o estilo de música que eles tocam, mas a velharia é extremamente boa. É isso o que eu escuto desde os meus 13, 14 anos.

Há um tempão tinha listado algumas das minhas músicas preferidas que tocam na Alpha, e hoje gostaria de compartilhar as que são cantadas em português! 😀 Já me disseram que sou muito chata pra música porque só escuto em inglês – o que, diante deste post, podemos concluir que não é absolutamente verdade ❤

Caso você não conheça alguma, espero que goste das indicações e, se já conhece, curte aí mais uma vez!

Cada um, cada um – Claudio Zoli

A namoradeira
No escuro da sala
Sonhando e beijando
De segunda a sexta
No fim de semana
De noite na Barra
Procurando vaga
De noite na Barra
Agora é cada um
Cada um

 

Veneno – Marina Lima

Veneno
Cor-de-rosa suave e moreno
Nestes seios tem todo o veneno
Que você chama amor

 

Ainda Lembro – Marisa Monte e Ed Motta

Eu nem pensava em ter
Que esquecer você
Agora vem você dizer
“Amor, eu errei com você
E só assim pude entender
Que o grande mal que eu fiz
Foi a mim mesmo”

Mais Feliz – Adriana Calcanhotto

Rimas fáceis, calafrios
Fure o dedo, faz um pacto comigo
Num segundo teu no meu
Por um segundo mais feliz

Tendo a Lua – Os Paralamas do Sucesso e Pitty

Tendo a lua aquela gravidade aonde o homem flutua
Merecia a visita não de militares,
Mas de bailarinos
E de você e eu

Esquecimento – Skank

Que seja no Japão
Jamaica ou Jalapão
No Jaraguá ou na Guiné
De charrete ou caminhão
De carro ou caminhando a pé
Eu vou

Brasileiro faz música boa ou não faz?

Aquela parte que deixamos de ser nós mesmos pra poder nos encaixar

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Estou numa profissão de negócios.

Isso quer dizer que trabalhamos com pessoas estressadas, vestidas formalmente, que falam gritando ao telefone e morrem infartadas ou de úlcera.

Estamos falando de ambientes sérios. Apertos de mão fortes e cartões de visita que passam de mão em mão. Estamos falando de saltos altos e finos, bolsas caras e gravatas cafonas. Eu, pelo menos, não gosto.

Nunca gostei de roupa social. Tenho amigas que não podem ver um homem com uma calça dessas. Nunca liguei. Nunca me identifiquei com esse universo que descrevi acima, e que vocês devem saber bem sobre o que estou falando.

São oito horas de trabalho por dia. Se contarmos o tempo que levamos para ir e voltar, somam 11 (ou 12). Metade no nosso dia estamos vivendo uma vida que não nos identificamos completamente. Estou falando de “nós” porque tenho certeza (e a esperança) que tenha alguém nesse mundo que pense como eu a respeito disso.

Eu gosto de cabelo colorido. Cabelo rosa. Cabelo roxo. Não é adequado à minha profissão, pois não passa a credibilidade que precisamos.

Eu gosto de unhas coloridas. Gosto de amarelo nas unhas. Gosto de glitter. Também não me parece muito apropriado cumprimentar o diretor da empresa e deixá-lo perceber a holografia nas pontas dos meus dedos.

Eu não gosto dessa calça social que estou vestindo. Não combina comigo mas não posso fugir muito desse padrão. Também tenho preguiça de pensar em outra roupa então essa me atende bastante.

Eu gosto de batom vermelho. Ou roxo. Pink vai bem, também. Mas só as finais de semana. Aproveita, menina!

Eu quero fazer uma tatuagem no braço. Humm… escolhe outro lugar que não fique visível, ao menos não com uma roupa de trabalhar.

Não estou falando da empresa que estou trabalhando. Porque essa regra invisível que ninguém ditou mas é a correta acontece em qualquer lugar. Se eu trabalhar em 100 empresas desse ramo, encontrarei uma centena de CTRL+C e CTRL+V. Não dá pra escapar.

Fico pensando no quê eu deveria trabalhar para poder ser eu mesma 24 horas por dia. Claro que eu entendo que um ambiente de trabalho, seja ele em qual área for, vai demandar mais profissionalismo. Não vou poder me portar ou me vestir como quando estou em casa sem nada pra fazer, vendo vídeos no youtube. Tenho consciência disso. Também tenho consciência de que uma pessoa pode ser profissional tendo o cabelo rosa and this is beautiful.

Se eu trabalhasse na finada (ou quase) MTV, poderia ter o cabelo roxo. Poderia usar glitter nas unhas e trabalhar de tênis. Ao mesmo tempo ser brilhante no trabalho que desempenho, extremamente competente.

Se eu fizesse parte de alguma revista de moda, por exemplo, certamente meus lábios vermelhos seriam permitidos às 9h da manhã. Sem perigo de alguém me olhar torto! :O

Uma vez que a capacidade profissional de alguém não está ligada à pessoa ter dreads ou não, fico pensando em qual momento decidimos que “pra fazer contas você precisa pentear esse cabelo e se vestir ‘adequadamente'”. Gente, que diferença faz? Sinceramente?

Sei que parece um ponto até infantil e rebelde de se abordar num texto de um blog pessoal. Talvez fosse mais apropriado se eu tivesse uns 14 anos. hahahah mas infelizmente são pensamentos que, vira e mexe, estão na minha cabeça de novo. Sei que talvez isso nunca mude, nunca será permitido trabalhar num banco com o cabelo degradê, ou com uma barba gigantesca. Mas fica aqui o meu ponto de vista, qualquer coisa.

Nunca se sabe, né?

Medo de quem entrega panfleto

Quem é acostumado a andar à pé sabe que o dia todo a gente encontra coisa esquisita no meio do caminho. Seja gente mal educada (aos montes), gente que quer estar sempre certa… e os entregadores de panfleto.

Aqui, amigos, eu englobo também aquelas pessoas que pedem pra falar com a gente “só um minutinho, vai ser bem rápido”. Gente, qual a utilidade? Vejam bem, respeito o trabalho de todos, afinal, como já dizia o poeta, o trabalho dignifica as pessoas. Só que esse povo, além de trabalhar entregando panfleto ou pedindo um minutinho da minha atenção, eu desconfio que o passatempo mais legal deles é o de me fazer quase morrer, todas as vezes.

Tomei a iniciativa de escrever sobre isso só hoje, mas faz um tempão que estou com isso na cabeça. Preciso escrever sobre essas minhas experiências de quase-morte. Hoje, como não foi diferente, estava voltando do almoço e estava com fones de ouvido. Atravessei a rua para ficar na calçada que fica o prédio onde eu trabalho e, de longe, já tinha visto uma moça uniformizada (o que pensei rapidamente que fosse uma roupa de quem trabalha em restaurante) encostada no muro, e eu estava andando em direção a ela.

Fui me aproximando mas já tinha deixado de reparar na moça, apesar de ter que passar por ela pra poder entrar no prédio. Quando cheguei a um passo dela, essa maluca estica o braço do nada com um folheto na mão. Imaginem vocês o pulo pra trás que eu dei e, quando olhei pra ela, ela estava com um sorrisão. Respirei fundo e disse um “obrigada”, talvez um pouco mais alto do que deveria MAS PORRA, MOÇA. Oferece o panfleto de longe, caraio. Quase morro.

E isso sempre acontece comigo. Às vezes fico até sem graça de tão abusados que são os entregadores de panfletos. Sempre que estou chegando pra trabalhar, tem um pessoal que entrega panfleto na estação do metrô. Como eu sei que nunca vou pegar, eu faço a gentileza de desviar de cada um deles pra que não fique uma situação chata nem pra mim, nem pra quem entrega. Temos que concordar que ficar oferecendo papel e o povo ficar ignorando deve ser uma merda. Então, como uma boa alma que sou, ando em uma linha reta pra bem longe deles. Mas sempre tem aqueles que VÃO ATÉ MIM COM A MÃO ESTICADA SEGURANDO UM PAPEL. Mas gente! Eles vão até você! Te obrigam a pegar, te perseguem! Que coisa chata! E ainda tenho que tomar cuidado pra não engolir um panfleto, porque tem alguns entregadores que enfiam na sua cara. ¬¬

Infelizmente não posso mudar de estação do metrô pra poder vir trabalhar, porque na hora de ir embora é outro campo de batalha. Antes de chegar na porta da estação tem uma faixa de pedestres, que sempre fica bastante gente às 17h esperando o sinal abrir pra poder passar. Nisso, aquelas almas abençoadas do Greenpeace (ou sei lá de onde eles são, de jalequinho azul), ficam mirando em qual pessoa eles vão saltar no pescoço pra conseguir falar. Quando o farol abre e atravessamos, eu sempre tento me esconder atrás de alguém, porque eles são selvagens. Gente, eu juro. Eles pegam pelo braço. Qualquer hora, quando você disser que não tem um minutinho, eles te esperam passar e vão te bater na cabeça com um taco de beisebol com vários pregos na ponta.

Que situação.

Amigo, se você quer trabalhar nisso, tudo bem. Se só conseguiu isso pra trabalhar, tudo bem também. Agora: uma coisa é você ficar em paz, outra é ser um puta chato do caralho. Vai se foder.


Antes de finalizar esse post, eu gostaria:
a) de me desculpar pelos palavrões excessivos, mas é exatamente o que eu penso quando encontro um entregador de panfleto ou alma boa do Greenpeace;
b) de dizer que não tenho nada contra quem tem esse trabalho, como eu disse, você pode trabalhar com qualquer coisa, só não seja um pé no saco;
c) de dizer (2) que talvez eu tenha esse medo desse povo porque fui assaltada no ano passado e ainda não me sinto confortável com o fato de alguém me abordar tão freneticamente como eles fazem. Respeitem.